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Luz, som…


O ano é 2020. Na SP Escola de Teatro é dia de festa e algumes alunes se juntam pra tocar.

- Aquela do Gonzaga ficou bonita, né?!?!

Primeira faísca…

Juliano Mends - violão e voz - tinha algumas canções compostas e, com a lembrança daquela gig ainda viva em sua mente, resolveu conversar com Gylez - viola -, Luca - guitarra -, Brenda - baixo -, e Pedro - bateria -, para se juntarem e desenvolver uma linguagem artística musical por meio da canção. É claro que com a vivência de experimentos cênicos toda essa linguagem seria permeada por ideias dramatúrgicas e espaciais trazidas do conceito de cenário, figurino e iluminação de um espetáculo.

Veio a pandemia e, com ela, o distanciamento. Mas as conversas e ideias tiveram continuidade, como tudo no mundo de então, virtualmente.

Mas e… por que Macondo?
Macondo é a cidade onde se passa a história de Realismo Fantástico “Cem Anos de Solidão”, de Gabriel García Márquez. A ideia de uma cidade cheia de mazelas e acontecimentos insólitos é muito instigante porque abre espaços para pensamentos contemporâneos, quando se faz urgentemente necessário o questionamento de estruturas sociais pautadas num pensamento colonial. Criar novas linguagens e novas formas de relações de fato libertadoras se faz urgente. Macondo representa, para nós, este lugar fantástico, quase mágico, onde esse novo caminho pode ser construído de forma coletiva e orgânica. A união de artistas pensando e trabalhando neste sentido é a nossa aldeia, nosso centro, sempre aberta a receber noves habitantes.

Quando a pandemia perdeu força e pequenos encontros puderam acontecer:

- Bora passar um tempo juntes? uma imersão total?

O grupo passou alguns dias, convivendo e tocando, trocando referências e afetos. Aos poucos, foram surgindo provocações que deram em arranjos onde a música ganhou vida e passou a rodopiar, pular e dançar, como se chegasse de repente, sem pedir, fazendo alquimias, xaxando o erudito, brincando de ser orquestra, mas em ritmo de baião. Uma MiniOrquestra, de Macondo.

Cinco canções foram escolhidas para serem gravadas no primeiro álbum/EP. Elas misturam xote, xaxado e baião com outras vertentes da música brasileira, como a Canção Rural; além de ritmos mais globalizados como o Rock e o Funk. Essa mistura sonora aliada à narratividade popular e estética multifacetada das artes do palco, imprime à banda uma personalidade moderna e peculiarmente brasileira.